Sunday, November 01, 2009

Atravessando a rua para as DROGAS


História

O interessante é notar que nos anos de 1960, os Beatles fazem sua primeira experiência com a Cannabis Sativa. Em seguida a divulgam através da mídia de forma brutal. Logo em seguida, John Lennon,faz sua primeira experiência com o o LSD. Submarino Amarelo, Sargent Pepper's iludem os jovem deste planete. Então os grandes portões do Woodstock apresente a nível mundial sexo,drogas e rock and roll. As drogas instalam-se definitivamente na vida das crianças.

A folha de coca (cujo consumo mesmo quando em grandes quantidades, leva a uma absorção mínima de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (como Peru e Bolívia) sob a forma de chá, onde a absorção do princípio ativo é muito baixa. Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar pouquíssima comida para vários dias.
O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas, ossos partidos ou curar resfriados. A coca foi levada para a Europa em 1580.

A cocaína foi isolada das folhas de coca por Niemann em 1860, que lhe deu o nome. O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à América do Sul, cientistas italianos levaram amostras da planta para o seu país. O químico Ângelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa que as infusões de água ou chás usadas antes devido ao poder extrativo do etanol).
A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho
Mariani importado da Itália, e os seus efeitos foram sem dúvidas determinantes do poder atrativo inicial da bebida.
A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, Sir Arthur Conan Doyle (criador do detective Sherlock Homes), Júlio Verne, Thomas Edison, o Rei William III e o Papa Leão XII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico). 2.2.2. Popularização

Popularização:
Em 1878, nos EUA, W.H.Bentley realçou as propriedades da cocaína como um antídoto para o vício do ópio, da morfina e do álcool. Em Viena, 1884, Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências. Ele utilizou-a contra a depressão e conta o vício da morfina. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller,
que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.
A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor".

Proibição:
Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos.
Entre 1885 e 1890, a literatura médica apresentou mais de 400 relatos de perturbações físicas e psíquicas
devido ao consumo de cocaína. Já que muitos deles se referiam à pessoas que tinham administrado esta substância como antídoto para o vício da morfina, as duas drogas, apesar de possuírem efeitos muito diferentes, começaram a ser confundidas e regulamentadas, a nível internacional, do mesmo modo.
Em 1903, a cocaína foi removida da Coca-Cola.
Na Europa, a cocaína foi proibida após a Primeira Guerra Mundial, mas continuou a ser usada como medicamento até ter sido substituída pelas anfetaminas no final dos anos 30. Até ao início dos anos 70, o consumo manteve-se bastante baixo, altura a partir da qual a cocaína
começou a ser associada à imagem de êxito social. Tal fato aumentou o consumo, que se propagou às diferentes classes sociais e teve bastante aceitação entre os consumidores de outras drogas.
Em Portugal, a cocaína apareceu no mercado negro nos anos 80. No início era uma droga de elite, mas rapidamente o seu uso se generalizou, tornando-se um problema de saúde pública.


A cocaína é produzida a partir de folhas de coca, e geralmente é um pó branco, mas com outras formas de produção pode-se chegar à uma pedra (crack). Normalmente, os traficantes colocam outros compostos juntos ao pó branco (como talco, areia fina, etc) para “render” mais. Quando introduzida direto na veia, os efeitos são imediatos, como pode ver a seguir. Efeitos Os efeitos da cocaína quando cheirada demoram de 1 a 2 minutos para começarem, e se prolongam por 30-40 minutos. Se for introduzida na veia ou fumada, os efeitos aparecem instantaneamente, mas duram pouco mais de 10 minutos, após isso vem a depressão. Lista de efeitos: - Sensação de estar mais forte, inteligente, enérgico, ativo - falta de apetite - ansiedade - sensação de estar sendo perseguido/observado - agressividade - desejo sexual - impotência sexual - aceleração dos batimentos cardíacos - pupilas dilatadas Se o usuário utilizar a cocaína em altas doses, ele poderá ter: - convulsões - dor de cabeça - tonturas - perda de interesse por sexo - ataques cardíacos - overdose - psicose (alucinações, ouvir vozes, etc) - derrame cerebral (AVC), pode ocorrer em pequenas doses também! Por causa de seus efeitos curtos, o usuário logo procurará a droga novamente, começando o ciclo do vício (fumar-depressão-fumar-depressão-fumar..). Crack O crack tem os mesmos efeitos que a cocaína, mas são mais intensos. por causa disso, ao final do efeito, o usuário sentirá uma depressão prolongada, fazendo-o fumar a pedra denovo. O risco de morte fica maior com o crack. História A folha de coca foi descoberta a mais de 3000 anos, mas a cocaína somente surgiu em 1862, quando o químico Albert Niemann estava estudando a folha da coca, e desenvolveu o pó branco, chamado cloridrato de cocaína. Desde então, até o final do século XIX, a cocaína vinha sendo utilizada na medicina na produção de remédios, pastilhas, etc, por causa da sua capacidade anestésica. Isso possibilitou a primeira cirurgia oftalmológica. Mas o oftalmologista que a realizou, morreu por causa da dependência que a droga lhe trouxe. A proibição do consumo da droga no mundo todo chegou nos primeiros anos do século XX, em razão de várias mortes atribuídas ao uso da cocaína.


Friday, October 30, 2009

Liberação da Maconha



Hoje eu li um post interessante lá no blog Tapa na cara sobre a marcha pela liberação da maconha, que ocorreu na praia de Copacabana no Rio neste domingo. Acabei tendo que emitir minha opnião.

Bem, eu não sou contra quem fuma maconha. Tenho muitos amigos que fumam. Amigos que defendem a liberação e tal. Mas tenho que confessar que eu não sou a favor da maconha. Liberara droga ou não é algo que todo mundo quer discutir. E muitos fazem isso comparando a maconha ao cigarro.
O problema é mais complicado do que parece à primeira vista. A maconha afeta o cérebro do usuário de maneira diferente do que faz o cigarro comum de tabaco.
Enquanto o cigarro (nicotina) é um estimulante, a maconha é depressor do sistema nervoso. Por isso quem fuma fica meio lesado.
A utilização da maconha também pode desencadear surtos psicóticos em pessoas borderline, que são pessoas aparentemente normais que estão perto da linha da loucura. VocÊ nunca sabe se está neste time. O único jeito de descobrir é quando você tem o
primeiro surto, que pode ser desencadeado por medicamentos, febre, situações traumáticas e de forte estress, além do uso de drogas.

E uma vez desencadeado o primeiro surto psicótico, não há retorno para a condição inicial, e sim tratamento eterno.

Mas o cigarro e a bebida não são drogas?

O cigarro e o álcool só são drogas lícitas (liberadas) porque o poder público daqui e da maciça maioria dos países não conseguiu coibir o uso, uma vez que álcool e tabaco viciam muito mais rápido que a maconha.
Por exemplo, no Talibã. Os fanáticos levam a sério as proibições de Maomé e estão fuzilando os fumantes. Atualmente o numero de execuções passou a ser feito nos estádios tamanha a quantidade de fumantes. E nem assim eles largam o cigarro. Ou seja, o maluco aceita tomar teco de fuzil Ak47 a largar o cigarro. Haja vício.
Falar em proibição da maconha alegando a questão do vício é uma piada inocente e até cretina, uma vez que até a Coca-Cola usa alcalóides derivados da Coca para viciar os usuários. Um estudo recente nos Estados Unidos mostrou que 10% dos que experimentam maconha se tornam dependentes, 15% dos que experimentam álcool se tornam dependentes e 17% dos que experimentam cocaína se tornam dependentes. E 70% dos que dão uma tragadinha num Free ou Hollywood vão virar dependentes, alimentando os
cofres da Souza Cruz pro resto de sua existência.
Assim, tudo vicia. O problema com a maconha está para além do vício.
Se proibida, uma vez que ela é um dos elementos que alimenta o narcotráfico, liberada ela poderá alimentar ainda mais.
Imaginar que liberando a droga os traficantes irão sumir no ar é um delírio inocente. Eu gostaria que fosse mesmo assim, mas a verdade é que os traficantes continuarão acastelados, 90% nos morros e os figurões da droga nas mansões se alimentando do dinheiro da classe média e baixa por outras vias.

Está claro na história que quando uma droga ilícita é liberada, novas drogas ainda mais potentes assumem o posto da droga anterior. O viciado acostumado à ilegalidade acaba indo para a nova droga e o ciclo continua. Isso é assim porque há um prazer oculto no consumo da droga. O barato é apenas parte do sucesso destes produtos que afetam a mente das pessoas. O perigo, o senso de transgressão, o prazer do risco e a sensação de perverter o sistema, estar do outro lado da moeda e sair impune, é muito forte.
Muitos usuários usam a droga como uma alternativa de auto-afirmação de uma identidade social, identidade pessoal ou até mesmo como uma maneira para mostrar a si mesmo que ele é capaz de controlar o seu próprio destino.
Some-se a isso a questão do preço. As drogas que fazem maior sucesso no Brasil ainda são a maconha e a cocaína, sendo esta última um excitante e a maconha um relaxante. Saindo o relaxante do esquema de tráfico, um novo relaxante deverá surgir.
E entre as drogas disponíveis para ocupar este lugar estão o Haxixe e a heroína. Provavelmente será o Haxixe, que tem o mesmo princípio ativo e origem da maconha, porém numa dose muito mais elevada de THC.
A heroína ainda está em expansão inicial no país. Ela vem do ópio proveniente do oriente (curiosamente, o ópio, matéria prima da heroína é a fonte de renda do Talibã que mete bala nos fumantes) o que dificulta e encarece sua entrada nas Américas.
Mas é possível que a liberação da maconha faça a “fila andar” aumentando a importação de heroína, que é um opiáceo poderosíssimo, conhecida como a mais aditiva e perigosa droga recreativa em uso disseminado, além do crack, que é um excitante à base de cocaína mal fabricada, impura e barata.

Quem vai se ferrar com isso é a classe baixa, que se verá cada vez mais cercada de drogas baratas de alto poder viciante. Hoje 60% do consumo da maconha está nas classes baixas. Mais de 80% dos meninos de rua afirmaram usar maconha regularmente.
Os defensores da liberação da maconha como o Deputado federal Fernando Gabeira usam como argumento que a liberação da droga tem uma finalidade de aumentar a liberdade do cidadão e que através das campanhas de conscientização e esclarecimento as pessoas teriam poder de optar se iriam querer usar drogas ou não. Legal. Eu também gostaria de viver num país livre, como uma Suíça, uma Holanda…

Para tal evoca-se corriqueiramente o caso da Holanda, que liberou o consumo das drogas.
É
, a Holanda é mesmo um país diferente. Pra começar, é uma monarquia constitucional com sistema parlamentar.
O IDH (índice de desenvolvimento humano) na Holanda é de 31,789.00, ou seja o décimo lugar no planeta. O IDH do Brasil está em sexagésimo nono lugar, abaixo da Líbia, Cuba e Costa Rica.
Lá o aborto é legalizado, bem como o casamento gay e a eutanásia também, o serviço militar é opcional, as prostitutas da Holanda pagam imposto e seus serviços são dedutíveis do imposto de renda, que vale até para bandido.
Mas a realidade brasileira é outra. O nosso país é absurdamente pobre culturalmente. É chocante a pobreza de educação e conscientização que se espalha na sociedade. E não só nas classes mais pobres, nas quais isso é mais evidente, mas também nas classes média e rica. Vejamos os exemplos de campanhas de conscientização. O Brasil tomou atitudes de repressão ao tabaco dignas de inveja de países mais desenvolvidos. Proibimos os comerciais, os eventos esportivos e tudo relacionando com a juventude e o cigarro. Colamos advertências nos rótulos e usamos fotos grotescas e chocantes de fetos com caras de jacaré e pessoas com expressão cadavérica. Curiosamente não vemos a indústria do cigarro reclamar, nem espernear.
Mesmo o governo sobretaxando o imposto sobre o cigarro em 70%. O resultado?
O consumo de cigarro cresceu, e o aumento se deu justamente entre os jovens.
Por isso eles não estão reclamando. No Brasil de hoje, nas condições sanitárias e de saúde pública que oferecemos, liberar qualquer coisa é loucura.
Os problemas de sáude:
O dano causado pelo cigarro comum é em grande parte responsável pelo índice absurdos de infartes, doenças associadas a baixa imunidade, malformação fetal e câncer de faringe,boca e pulmão. A maconha gerará além destes problemas inerentes ao hábito de respirar fumaça, também vários problemas, mas de natureza cerebral.
Alguns usuários da maconha usam como desculpa a alegação de que é uma erva natural que não pode fazer mal. O problema é que todos os venenos mais poderosos do planeta são de origem natural. O cigarro de tabaco possui 4720 substâncias, sendo estas 60 últimas, cancerígenas e perigosas. A maconha oferece 400 componentes, sendo alguns também cancerígenos, como o alcatrão.
A maconha vendida hoje pelo seu “dealer” no fundo da sala da faculdade é bem diferente da maconha que o Gabeira fumou antes de sequestrar o embaixador dos EUA nos anos 60.
Acontece que nos últimos 40 anos, a presença do THC, que é o componente chave da maconha aumentou muito nos baseados. Na época do Gabeira, um cigarro da erva continha 0,5% de THC. Atualmente, estudos americanos apontam para níveis de até 5%. Há ainda o skank, a supermaconha desenvolvida em laboratório, com 20% de THC, chamada de maconha 2.0.
Por causa dessas altas taxas de princípio ativo, a maconha hoje vicia mais e inflige danos ainda maiores ao organismo.
A maconha no Brasil chega pelo polígono da maconha vindo uma pequena parte do norte-nordeste e uma parte bem maior do Paraguai e desembarca na região consumidora (sudeste e sul do país) em caminhões. Como é necessário secar a maconha para vender e o exército apertou o cerco para a venda de substâncias que participam do processo de refino da cocaína como a Amônia, que também é usada para secar as folhas da maconha e potencializar o THC, os traficantes ficam com um problema nas mãos. Com pouca amônia disponível, (ela é usada para o refino da cocaína, que rende mais) o uso para secar a maconha vai para segundo plano. Para isso, os traficantes resolvem a parada comprando Xixi.
É que a urina humana contem uma dose de amônia e este xixi que fica decantando ao sol em tambores é usado para lavar e secar as folhas de maconha. Resumindo, fumar maconha de traficante é fumar indiretamente xixi.
Os traficantes paraguaios usam também cal, gasolina e outros aditivos químicos para ativar o THC, o que deixa a maconha altamente impura.

Mas e a liberação? Afeta realmente alguma coisa?
O que acontece com a maconha é que sua liberação afetará em maior parte o achincalhe e a extorção policial, uma vez que na nossa sociedade em qualquer show já vemos jovens fumando. O prazer de um policial que encontra maconha no bolso ou na carteira de um adolescente durante uma “dura” só se comparam ao sorriso amarelo e o tapinha nas costas do infeliz que morreu em cem merréis e o relógio para não ser fichado na PD.
Nas praias, universidades, festas, eles estão fumando. Muitas pessoas também plantam sua maconha e fumam em casa. A maconha está na musica, na mídia, em vários lugares. Na minha opinião, a liberação ou proibição serão atitudes semi-inócuas em vista do que ocorre hoje no Brasil. Era muito mais útil legislar sobre a educação e a razão pelo qual tantas crianças estão cheirando cola de sapateiro em plena luz do dia, na porta da Polícia Federal aqui no centro do Rio.

Eu acho que quem deseja fumar, fume. Mas se tiver que fumar, que plante a própria maconha ao invés de comprar com traficantes. Antes que me perguntem, eu nunca fumei nada. nem maconha nem cigarro. Sou muito cagão pra isso. Tenho medo de ser borderline, e se eu sonho coisas como esta aí no post de baixo, imagina se eu tenho um surto psicótico como ele seria!

Sunday, March 15, 2009